A oferta total (ASK) da GOL aumentou em 4,7% devido ao aumento de 3,0% no total de assentos e da redução das decolagens em 1,2%. Já a demanda total (RPK) da companhia aumentou em 5,5% em relação a março de 2018 e a taxa de ocupação consolidada atingiu 79,2%. No mercado doméstico, a oferta (ASK) aumentou em 1,8% e a demanda (RPK) em 3,2%. A taxa de ocupação doméstica foi 79,8%, um aumento de 1,1 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao volume de decolagens, houve redução de 1,5% e o total de assentos aumentou 2,9%, na comparação com março de 2018. No mercado internacional, a oferta (ASK) e demanda (RPK) da companhia aumentaram 24,3% e 20,5%, respectivamente, e a taxa de ocupação foi 75,9%, redução de 2,4 p.p. em relação a março do ano anterior.
Continuamos repercutindo a tensa audiência entre o ministro Paulo Guedes e os deputados na CCJ. Guedes acabou sozinho, tendo que enfrentar as maiores agressões. O que foi isso afinal? Será que o presidente Bolsonaro não está com a convicção necessária para aprovar a reforma? Foi um massacre, mas Guedes respondeu à altura.
Realmente, ele até tentou ser o mais claro e didático possível, mostrando os riscos da não aprovação da reforma, mas a oposição destrutiva do PT, PSOL e asseclas acabou mais tumultuando do que deixando fluir o debate. Foi difícil manter o mínimo de ordem, tal a pressão contrária. Esta oposição, pouca contribuição deu, mais querendo tumultuar do que apresentar propostas. Soma-se a isso, acabou desconcertante a ausência de apoios, tanto dos partidos da base, como do PSL, meio que assistindo ao massacre contra Guedes. O isolamento do ministro foi um fato.
Segundo o Estadão, o presidente da Comissão, Felipe Francischini, e o relator, delegado Freitas, ambos do PSL, acabaram tendo um papel tímido, deixando Guedes tendo que se defender. Os deputados Joice Hasselman e Eduardo Bolsonaro, por exemplo, nem apareceram para equilibrar o jogo. Ao contrário, os líderes do governo vacilaram deixando a oposição se inscrever primeiro na sessão de perguntas ao ministro, quando poderiam ter negociado um rodízio. Será isso ordem expressa do presidente, visando desgastar o ministro e a reforma? Parece-nos óbvio a timidez do presidente no apoio à reforma.
Seus depoimentos não indicam o comprometimento que se espera dele em relação a esta PEC da Previdência. Antes de embarcar de volta para o Brasil, voltou a dizer que "reforma boa é aquela que passa".
O relator da reforma da Previdência na CCJ, Marcelo Freitas (PSL-MG), deve agora fazer a leitura do relatório na próxima terça-feira (09), para depois votar o parecer entre os dias 16 e 17. Segundo ele, será um relatório técnico, abordando limites constitucionais da reforma.
Sobre a PEC do "Orçamento Impositivo" no Senado, a votação terminou nesta quarta-feira. Em resumo, sua proposta é engessar ainda mais as contas do governo. Foram 58 votos a 6 na primeira votação e 59 a 5 na segunda. Agora, a matéria segue para uma nova análise da Câmara dos Deputados, que aprovou na semana passada outra versão da matéria. Há acordo para que os deputados mantenham o texto do Senado.
Na China, a reação da economia segue ocorrendo. Em Washington, a delegação chinesa foi bem recebida e o acordo parece bem próximo. No Brasil, todos os holofotes virados para a defesa de Paulo Guedes na CCJ, depois da ausência da semana anterior.
Enquanto escrevemos não sabemos como foi este debate do ministro com os deputados. Como ele tem "pavio meio curto", bem capaz de ter rolado algum stress. Rodrigo Maia se manteve ao lado do ministro, formando, desde já, uma dupla, linha de frente pela reforma. Resta saber como devem se comportar o presidente, não tão convicto sobre a necessidade da reforma, e os deputados do Centrão e da oposição. Muitos acham que esta falta de convicção de Bolsonaro deve acabar "desidratando" a reforma. Já Rodrigo Maia acha que, dada a importância da matéria, ninguém deve se omitir.
Como já dito ontem neste espaço, existem pontos da PEC que não devem passar, como as regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a aposentadoria rural, dúvidas sobre o regime de capitalização, escalonamento e regras de transição para os servidores públicos, e por aí vai. Um fato positivo parece ter sido os líderes partidários decidirem que só devem alterar a PEC na Comissão Especial. À CCJ caberá apenas analisar a admissibilidade da proposta. O mérito deve ser discutido na Comissão Especial. Outra PEC em discussão, a do "Orçamento Impositivo", deve ter sido aprovada nesta quarta-feira no Senado, depois de passar pela Comissão Especial sem emendas. Isso pode representar uma derrota para o ministro Paulo Guedes, que luta para desvincular as despesas federais, no tal "Pacto Federativo".
Em paralelo, segue no Congresso a possibilidade de apresentação da PEC da Reforma Tributária. Quem deve ficar à frente é mais uma vez, o presidente da Câmara Rodrigo Maia. Nesta terça-feira esteve com o economista Bernard Appy, autor de outra proposta de reforma tributária, que já foi apresentada no ano passado a parlamentares da Câmara, na Comissão Especial sobre o tema.
Além disso, preocupado com o fraco crescimento o governo já começa a pensar em medidas para estimular a economia. Na pauta, aumento da produtividade, emprego e tentativa de destravar a atividade econômica. Previstas para acontecer em 90, 180 e 360 dias, as ações formuladas se apoiam em quatro grandes pilares, anunciados ao longo de abril: Simplifica, Emprega Mais, Brasil 4.0 e Pró-mercados. O primeiro plano a sair do forno é o Simplifica, conjunto de 50 medidas para desburocratizar a vida do setor produtivo.
Falando dos EUA, notícias indicavam que a nova rodada de negociações entre EUA e China deve resultar num acordo final. Segundo o Financial Times, Washington e Pequim estão próximos deste acordo.
Por fim, na China, o índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) composto, que abrange os segmentos industrial e de serviços chineses, subiu de 50,7 em fevereiro para 52,9 em março. Este aumento na comparação mensal foi o mais forte desde junho de 2018.
A Vale firmou uma série de acordos que preveem aportes financeiros da empresa para
o Governo do Estado de Minas Gerais e municípios mineradores. Parte dos acordos
visa a minimizar perdas de arrecadação do Estado e dos municípios em função de
paralisação de algumas unidades produtivas da empresa.
A Braskem informou que tomou conhecimento pela imprensa da ação judicial proposta contra ela pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública, ambos do Estado do Alagoas, cujo pedido seria o bloqueio de valores e bens da Braskem no montante aproximado de R$ 6,7 bilhões, para garantir eventuais indenizações à população afetada pelo fenômeno geológico ocorrido em bairros próximos à área de extração de salgema em Maceió. A Companhia alega que ainda não foi intimada, mas avaliará e tomará as medidas pertinentes nos prazos legais. Quanto ao fenômeno ocorrido, a companhia reiterou que vem colaborando junto às autoridades na identificação das causas e que as análises técnicas dos órgãos competentes ainda estão em andamento e até o momento não se pode afirmar que as atividades da Braskem sejam a causa dos eventos observados no bairro.